Queria olhar nos teus olhos
E ver um brilho
Ver a tua boca se entreabrir
Perceber a respiração suavemente ofegante
O coração cada vez mais pulsante
Queria sentir teu corpo úmido.
Mas olho em teus olhos
e vejo
apenas
um olhar.
18/04/2008
Queria olhar nos teus olhos
E ver um brilho
Ver a tua boca se entreabrir
Perceber a respiração suavemente ofegante
O coração cada vez mais pulsante
Queria sentir teu corpo úmido.
Mas olho em teus olhos
e vejo
apenas
um olhar.
18/04/2008
Quero que o céu
Derreta-se
Em meu colo
Na verdade
No seu
Quero me lambuzar
Em teu colo
Com as estrelas
Via Láctea
Galáxias
Êxtase
Orgasmos intergaláticos
Sonhos
Espaços nunca antes penetrados
Tormentos
Momentos
Pesadelos
pelos eriçados
Nós dois
Enrolados
Em pelo
Até o sol nascer e clarear
O céu
O seu
Escrever poesias
Sem nenhuma pretensão de colocá-las no papel
ou publicá-las em livros ou em algum canto da internet
Pensar poesia
Ser poeta sem nenhuma pretensão de sê-lo
Improviso
Repentismo
Intuísmo
Invencionismos
Ser poeta sem a pretensão de atingir a imortalidade
como aqueles que morreram e conseguiram
Ser poeta sem nunca querer ser
Quintana
Drumond
Ser poeta é conhecer o mundo
como a palma da mão
Saber de tudo
De todos os detalhes
Da origem do universo
Dos vulcões
Das brisas passageiras
Dos tormentos
E das gotas de orvalho
É compreender tudo
Sem ter a menor idéia
De si próprio.
18/04/2008