Aquela aflição do final da tarde, na verdade, tinha outra explicação.
Enquanto meus nervos estavam à flor da pele por motivos bestas - afinal vivi a maior parte da minha vida sem internet, escrevi a maior parte dos meus escritos numa olivetti, meus amigos me seguiram sempre mesmo que fosse na mesa de um bar - o fiote sofria um acidente de carro. Nada grave para ele, alguma gravidade para outra pessoa, mas todos vivos e bem. Isso é o que importa, num primeiro momento.
Sei bem o que ele sente. Sofri nove ou dez desses. Desde porrada por bebedeira, até porrada em bêbado. Desde atropelamento de cavalo, até derrapagem espetacular em estrada lisa por barro e bagaço de cana enquanto três caminhões - treminhões - passavam até que acertasse o último da fila. Que era um Escort e não um caminhão. Sorte minha, azar do infeliz que tava no fim da fila. Isso sem contar o carro despencando a ribanceira na cuesta numa daquelas aventuras de moleques: vamos ver o sol nascer no posto da Bica! Entre a cidade e o posto, a cuesta. Estrada sinuosa, pista molhada, cachaça, imprudência do lado de lá, falta de reflexo do lado de cá e eu, no banco de passageiro tentando encaixar a fita da Janis no toca-fitas. Summertime!!!! E a ribanceira que não tinha mais fim, mas que ficou curta por conta de uma moita de bambus que tinha no caminho. No meio do caminho tinha uma moita de bambu. Tinha uma moita de bambu no meio da caminho... Nossa sorte. Dali pra cima pouco mais de 15 metros. Dali pra baixo pouco mais de 500.
Então, fiote, sei bem o que sente. Aquiete teu coração e siga em frente. Mais atento e mais calmo. Mais forte. Mais sensato. Com a sabedoria que a vida nos dá com estranhos métodos.
Mas é assim.
Força e conte com o véio!

Enquanto meus nervos estavam à flor da pele por motivos bestas - afinal vivi a maior parte da minha vida sem internet, escrevi a maior parte dos meus escritos numa olivetti, meus amigos me seguiram sempre mesmo que fosse na mesa de um bar - o fiote sofria um acidente de carro. Nada grave para ele, alguma gravidade para outra pessoa, mas todos vivos e bem. Isso é o que importa, num primeiro momento.
Sei bem o que ele sente. Sofri nove ou dez desses. Desde porrada por bebedeira, até porrada em bêbado. Desde atropelamento de cavalo, até derrapagem espetacular em estrada lisa por barro e bagaço de cana enquanto três caminhões - treminhões - passavam até que acertasse o último da fila. Que era um Escort e não um caminhão. Sorte minha, azar do infeliz que tava no fim da fila. Isso sem contar o carro despencando a ribanceira na cuesta numa daquelas aventuras de moleques: vamos ver o sol nascer no posto da Bica! Entre a cidade e o posto, a cuesta. Estrada sinuosa, pista molhada, cachaça, imprudência do lado de lá, falta de reflexo do lado de cá e eu, no banco de passageiro tentando encaixar a fita da Janis no toca-fitas. Summertime!!!! E a ribanceira que não tinha mais fim, mas que ficou curta por conta de uma moita de bambus que tinha no caminho. No meio do caminho tinha uma moita de bambu. Tinha uma moita de bambu no meio da caminho... Nossa sorte. Dali pra cima pouco mais de 15 metros. Dali pra baixo pouco mais de 500.
Então, fiote, sei bem o que sente. Aquiete teu coração e siga em frente. Mais atento e mais calmo. Mais forte. Mais sensato. Com a sabedoria que a vida nos dá com estranhos métodos.
Mas é assim.
Força e conte com o véio!

Um comentário:
É, essa é uma situação difícil de lidar. Mas o que me consola é que tenho minha família e meus amigos ao meu lado! Todos tem sido extremamente importante nesse momento! Só posso te agradecer por tudo, como sempre esta aí sempre que eu preciso...e como eu preciso! Amo vocês!
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