7 de jul. de 2013

Verdadeando!


Putz... falei de um monte de gente que foi importante ou marcante na minha vida, mas talvez não tenha deixado claro: essas foram as pessoas que sumiram. Que nunca mais vi. Algumas até sei onde estão e algumas estão por aqui. Mas pouco ou nada falo com elas e nunca mais as vi.
Sim, ainda tem um monte de gente, de amigos, que tropeço com eles aqui e ali, com quem ainda tomo uma breja na correria ou mais pausadamente, baseado em alguma desculpa tosca qualquer que arranjamos apenas para nos sentarmos à mesma mesa e tomarmos algumas tantas.
Ainda posso tomar algumas tantas com amigos.
Esses, com quem tropeço, troco alguma palavra, sei onde estão e eventualmente vejo... esses não os quis nominar e nem vou fazer. Não quero causar espantos a um ou outro por ter tantos problemas de memória. Então fica assim. Não cito nomes.
Mas o que acho engraçado é que, à medida que o tempo passa, dou significado diferente a palavra amigo.
Antes eram poucos porque eram os que a gente contava pra qualquer parada. E eles estavam lá, mesmo quando me atirava em meio a um imenso capinzal - capim gordura me refiro - prometendo suicídio trágico.
Depois ficaram mais raros porque a vida exigia cada vez mais de cada um e cada um ia se tornando distante e cada um com seu quilo e meio de toneladas de problemas que... vixe... nem seria possível exigir que ainda estivessem ali pra o que desse e viesse.
A vida foi ficando vazia de amigos.
Então me dei conta que também não era esse amigo de ninguém porque os mesmo motivos que os deixaram tão atônitos, me deixava insone.
Hoje acho que amigos são aqueles que ainda nos olham com carinho, que nos desejam sorte, que compartilham sua mesa, que nos visitam para um café e uma pipoca, que, na sua crença particular, ainda nos colocam em suas preces.
Que é o que tenho feito por todos.
Que sejam felizes.
Porque eu ainda quero ser e preciso de cada um pra isso.
Não há razão na felicidade solitária.
Não há felicidade na solidão.


zénérso - btu - 06/07/13 - 21:26

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