Pivô do escândalo que revela ter o PSDB se beneficiado do chamado "valerioduto", o senador tucano Eduardo Azeredo (MG) afirmou à repórter Andreza Matais, do Jornal Folha de S.Paulo, que o dinheiro arrecadado pelo comitê financeiro de sua campanha fracassada ao governo mineiro, em 1998, não foi inteiramente utilizado para sua propaganda eleitoral.
Segundo o senador, uma parte substancial da arrecadação foi usada para montar e manter comitês para a campanha presidencial de Fernando Henrique Cardoso em todo o estado. Azeredo afirma taxativamente que FHC "tinha comitês bancados pela minha campanha". Oficialmente, o dinheiro gasto foi de R$ 8,5 milhões. O senador confessa ter sido muito mais - porém "nunca perto dos R$ 100 milhões que estão falando", referindo-se ao inquérito da Polícia Federal sobre o evidente caixa-dois tucano em Minas.
Ele acrescentou que teve "problemas" para prestar contas naquela campanha e justificou que, a seu juízo, naquela época a prestação de contas era "mera formalidade".
A repórter perguntou o que ele achava do governador José Serra ter se esquivado de comentar o assunto. Azeredo estranhou, afirmando que "Serra me deu não só solidariedade, mas apoio também".
Outra reportagem da Folha, também da edição de hoje (26 de setembro), diz que a cúpula tucana está preocupada que a questão acabe envolvendo, além de Serra e FHC, também o governador mineiro Aécio Neves. O PSDB estaria tentando "isolar" Azeredo.
Segue o link da matéria:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil
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