31 de dez. de 2009

Começo o dia
(termino o ano?)
com um quadro de van gogh
como fundo de tela.
isso talvez reflita meu momento.
talvez revele meus tormentos.
talvez... nada disso.
se o quadro é um girassol
talvez nem signifique que estou só
ou mal acompanhado.
(todos estamos irremediavelmente sós
no meio da multidão)
talvez o girassol mostre o caminho
seja a bússola do destino
indique pra que lado olhar e caminhar.
mesmo que isso seja absurdamente louco
insano.
Começo o dia (termino o ano?)
com uma tela de van gogh...

zé - 09:55 - 31.12.09


11 de dez. de 2009

28 de nov. de 2009

Estrada Sol e Vinho, Sozinho

Vou sair pelo mundo
Vou atrás dos meus sonhos
Vôo e sonhar
vou só sonhar
Queria você ao meu lado
não quero estar só
na estrada
Sol na estrada
Chuva e chuva e uvas
Vou sonhar só se você não quiser
Vou me embriagar nos sonhos
com sonhos com vinhos
Convinha eu não estar só
e por isso te queria
e ainda te quero

Nessa estrada
Nesse sol
Sol solidão só
vinho uva e canção
Meu coração é teu
e nem está partido

zé - 28/11/09 - 19:03


9 de nov. de 2009

Talvez fosse só uma chuva,
talvez uma surra de cabreuva.
Talvez fosse só um dilúvio,
talvez erupção de vesúvio.
Mas meu coração incendiou
quando você me olhou
quando você me tocou
quando você me beijou...

Talvez um dia a gente se conheça,
talvez você me apareça.
ou
Talvez um dia eu me esqueça,
meu coração endureça.
Mas meu coração incendiou
quando você me olhou
quando você me tocou
quando você me beijou...

zé - 8:25 - 09/11/09


7 de nov. de 2009

Fragmentos

Andaria ao teu lado
de braços dados
ou não
me arrastaria
aos teus pés
se você me chamasse
amasse
implorasse
pedisse
me desse bola

zé - 19:35 - 07/11/2009


5 de nov. de 2009

Ausência Rara

Ando distante. Eu sei. Mas quem, afinal, está sentido falta?
Eu, com certeza, sinto falta de mim mesmo.
Falta me faz estar aqui.
Meus vômitos, meus tormentos,
meus porres e minhas ressacas.
Meus amores de mentira
Meus ódios de verdade
minhas taras.

Coisa rara? Sinto falta!

Raramente fico tanto tempo longe.
Minhas mãos tremem.
Meu corpo...
E não é
ainda
sinal dos tempos.
É crise de abstinência.

Ausência. Rara.

zé - 17:27 - 05/11/09


26 de out. de 2009

Mentira

Pra ser sincero:
Minto!
Minto muito.
E tanto que
muitas vezes
nem sei mais se o que digo
é!
ou não.
Acho que isso é mal de todo poeta.
De todo louco.
De todo tarado que só mente
porque deseja de forma ardente
que a noite seja quente.
Minto e sei que firo.
Mas não tiro uma letra das minhas mentiras
porque sempre têm uma certa dose (exagerada!) de verdades...

zé - 26/10/09 - 21:40


30 de set. de 2009

Janis

Ouço Janis
e enquanto sua voz rasga o ar
rasga e rasga e rasga
meu coração se dilacera
e vocifera
janis janis janis
porque não nasci no seu tempo?
porque não te ouvi?
mais e mais e mais

zé - 30/09/09 - 17:36


24 de set. de 2009

Sonhos

Eu vou te esquecer.
Decidi!
É pra não padecer.
Meu coração velho
e cansado
não pode mais.
Afinal,
é loucura.
Nem sei a que altura
do chão estão meus pés.
Me perdoe
se atrevi demais.
Nos meus sonhos
nem sequer haviam planos
nem tampouco haviam danos.
Foram sonhos apenas,
aeroplanos.

****

Agora, nos meus sonhos
está o outro lado do rio.
Atravessá-lo, a qualquer custo
a nado
que seja
Não sei o que me espera
Mas é sempre assim a vida
um atravessar de rios
um sonhar
Estamos em época de cheias
O corpo já não tem mais a mesma vitalidade de outrora
é mais temeroso enfrentar a correnteza
Mas há a necessidade da mudança
a necessidade de buscar um lugar melhor
que possa nos trazer mais alegria
algum sentido para a vida
sorriso
amigos
uma ou outra festa
qualquer coisa que ar e esperança seja...
é assim: penso
reflito
planejo.
E sonho.

zé - 24/09/09 - 19:58

23 de set. de 2009

Premonição e outros dons

Decididamente não sei de onde vêm os versos.
Sei que não me esforço.
Sei que fluem.
Sei que me sinto quase forçado:
escrevo e não sei quem assina.
Ponho um zé embaixo mas...
às vezes acho que quem sopra em meu ouvido
só quer continuar anônimo.

****

Ontem minha angústia era quase premonição.
Já aconteceu outras vezes.
Já vi amigos acidentados
já pressenti a morte de entes queridos.
Mas tudo de forma estranha.
Um nó no peito
uma agonia
um aperto
até que acontece o fato.

zé - 2309/09 - 15:25


Bilac

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

****
Ouço estrelas
ouço teu canto
Me espanto com a loucura
que ronda à volta
minha loucura.
Alma em pranto.


zé - 23/09/09 - 15:18
****


Causos

Aquela aflição do final da tarde, na verdade, tinha outra explicação.
Enquanto meus nervos estavam à flor da pele por motivos bestas - afinal vivi a maior parte da minha vida sem internet, escrevi a maior parte dos meus escritos numa olivetti, meus amigos me seguiram sempre mesmo que fosse na mesa de um bar - o fiote sofria um acidente de carro. Nada grave para ele, alguma gravidade para outra pessoa, mas todos vivos e bem. Isso é o que importa, num primeiro momento.
Sei bem o que ele sente. Sofri nove ou dez desses. Desde porrada por bebedeira, até porrada em bêbado. Desde atropelamento de cavalo, até derrapagem espetacular em estrada lisa por barro e bagaço de cana enquanto três caminhões - treminhões - passavam até que acertasse o último da fila. Que era um Escort e não um caminhão. Sorte minha, azar do infeliz que tava no fim da fila. Isso sem contar o carro despencando a ribanceira na cuesta numa daquelas aventuras de moleques: vamos ver o sol nascer no posto da Bica! Entre a cidade e o posto, a cuesta. Estrada sinuosa, pista molhada, cachaça, imprudência do lado de lá, falta de reflexo do lado de cá e eu, no banco de passageiro tentando encaixar a fita da Janis no toca-fitas. Summertime!!!! E a ribanceira que não tinha mais fim, mas que ficou curta por conta de uma moita de bambus que tinha no caminho. No meio do caminho tinha uma moita de bambu. Tinha uma moita de bambu no meio da caminho... Nossa sorte. Dali pra cima pouco mais de 15 metros. Dali pra baixo pouco mais de 500.
Então, fiote, sei bem o que sente. Aquiete teu coração e siga em frente. Mais atento e mais calmo. Mais forte. Mais sensato. Com a sabedoria que a vida nos dá com estranhos métodos.
Mas é assim.
Força e conte com o véio!

22 de set. de 2009

Espelho

Todo dia
me olho no espelho
com olhos distraídos.
Quando paro
     e reparo
me deparo com o fato
que o tempo é inexorável.
     Doravante
me olharei com calma.
Seguirei atento
o passar do tempo
Assim não notarei
seus reflexos
não levarei mais sustos
e deixarei tranquila minh'alma.

zé - 22/09/09 - 07:16


Nua

Passa de meia noite...
meu coração segue apertado e eu nem sei como foi seu dia.
Mal nos falamos
nem nos falamos
Sigo sem notícias tuas
sigo sem te ver
nua
despida de internets, blogs, orkuts
perfis em sites
facebook
e meu coração apertado
num batuque sincopado
atabalhoado
apressado
querendo fazer dois sons num só.
dois num só
nós dois
um
e eu só.
* * *
Antes que eu caduque
antes que me machuque
antes que você retruque...

vou dormir!!!

zé - 22/09/09 - 00:40


21 de set. de 2009

Boa sorte a todos aqueles que fazem da música sua fonte de vida.
Eu bebo dessa fonte e preciso desses loucos.
Muita sorte na gravação de seus cds... Principalmente praqueles que fazem isso de forma independente.
Depois coloquem aí na internet, pls. Nóis pirateia mas nóis divulga!
E o caminho hoje é esse mesmo: o artista tem que ir onde o povo está, já cantava Milton muito tempo atrás. mais do que nunca: Profético!!!
 

20 de set. de 2009

Fragmentos

Sempre quero estar onde você está
do seu lado, colado, grudado
carrapato micuim
mas evito ser assim
não quero mais ser chamado de intenso
sinônimo usado pra exagero
Já não me acho em mim
Se o que quero evito e o que não
atormenta meus passos
Atormenta meus sonhos
Já não durmo
rolo na cama enrolo nos lençóis
No meu céu tantos sóis
Tanto sol
tanto só

zé - 20/09/09 - 10:56


19 de set. de 2009

Fragmentos

Já não sei mais o que digo
Se olho pro meu umbigo
sou egoísta
se não olho
tolo

zé - 19/09/09 - 20:05


Minha contribuição ao brega

Sempre quis fazer uma canção bem brega, aquelas dor de corno até o talo do corno.
Outro dia vi um vídeo pelaí que me motivou a escrever a tal breguice.
Muito embora o meu talento seja ridiculamente pequeno comparado ao da autora do vídeo, animei-me a escrever algo no gênero.
Aí vai:

VÁ EMBORA!

Não vou falar nada
não vou me opor
se você quer ir embora
vá agora
vou ficar na sala
enquanto você
no quarto
arruma a mala

Não vou falar nada
seja o que for
Só que não secou
em nada o meu amor
Se você que ir embora
vá agora
Não vou me opor

Seja pra onde for
pra onde quer que vá
não vou me esquecer
pra mim foi bom
não foi pra você

Achei que tudo ia bem
que sentia por mim
o mesmo que sinto
mas que posso fazer?
se quer ir embora
vá agora
só não entendo
e nem minto
você não sabe
o quanto me maltrata
quando me troca
por uma sapata!

zé - 19/09/09 - 13:41


18 de set. de 2009

Mulheres

Gosto de mulheres simples
despidas de luxo
despidas
enfim
de preconceitos
Mulheres firmes
de peito
Mulheres despidas
de ambição
Mulheres que têm
jogo de cintura
e que sabem
que nos momentos de dureza
é preciso enfrentar tudo
sem perder a ternura
Mulheres despojadas
arrojadas
Mulheres despidas
de preconceitos
enfim
mulheres simples
simplesmente Mulheres!

zé - 18/09/09 - 12:25


Decisões de ano novo!

Deu no saco a ponto do grão colar no gogó.
Chega desta josta.
Vou arrumar a mala (arruma a mala aê!!!) que esta terrinha é curta demais pro meu gosto.
Vou pro outro lado do rio mesmo e que seja o que Deus quiser.
Começar do zero, de novo?
Não meu velho! Continuar do zero que aqui não deu nem pra abrir o placar.
Mas é só pro ano que vem!!!

17 de set. de 2009

O outro lado do rio

Nasci do lado de cá do rio.
Vivi quase toda minha vida deste lado.
Num curto período de tempo fui pro lado de lá.
Foram dois anos de Rio Preto, que é outro rio, que nunca mais esqueço.
Terra de gente boa, hospitaleira.
Quase nenhum bairrismo.
Um bom caratismo que acho que faz parte da terra.
Depois, mais uns meses em Natal.
Que pelas dificuldades e desprezo recebido desejo esquecer e não recomendo a ninguém a aventura de morar por lá.
Sei que foi coisa específica da minha vida, não importa.
Vai que não foi! Então, não recomendo.
Mas nesse caso específico, fui longe demais. Fui muito além do rio.
Eu precisava só atravessá-lo
Nesse vai e vem, achei que fincaria raízes por aqui e aqui ficaria pro resto dos tempos.
Algo me diz que não será bem assim.
As formigas que insistem em aparecer pela casa indicam mudança.
Dessa vez atravesso o rio.
O lado de lá é o lado onde as coisas acontecem.
O outro lado do rio!

zé - 17/09/09 - 14:58

Amigos

Fartos amigos
tive ao longo da vida.
Hoje já tenho amigos enfartados!

zé - 17/09/09 - 00:24


Conversando com estátuas

Em algum lugar do Rio
(Não sei bem onde)
tem uma estátua do Drummond.
Acho que qualquer hora dessas
vou até lá
me sento ao lado dele dela
dele - poeta
dela - estátua
para tentar longos papos.
Talvez o poeta me ouça
talvez me dê conselhos
e aí não sei se ouvirei
Será uma conversa de louco
Um louco conversando com a estátua
Mas também
se o poeta resolver falar comigo
se eu ouvir
Quem será o louco?
Eu que ouço estátuas
Ou os que nunca tentaram?

Vou pro Rio de Janeiro
qualquer carnaval desses...

zé - 17/09/09 - 00:22


16 de set. de 2009

Esqueço esquece

Vou entender teu silêncio
não como desprezo
Vou entender teu deszelo
Não vou mais passar por teu endereço
Vou pensar que não foi falta de apreço
Vou entender não como ódio
Talvez desamor
Seja como for
Acho que você só não me viu
Eu do seu lado
Quase colado seguindo teus passos
E você foi só silêncio
É isso: você nem me viu
Vou fechar minha boca
Colar meu queixo de novo no lugar
Não, não me queixo
Apenas sonhei que seria bom pra dois
E nem foi pra mim
Fica assim: sigo na minha
Faço uma canção
escrevo uma poesia
dedico versos à você
E eu sei: você nem vai ler
Nem sabe que existo.
Faço assim: te esqueço!

zé - 16/09/09 - 10:06

 

15 de set. de 2009

Putz!!!

Mulher Indigesta

Noel Rosa

Mas que mulher indigesta!(Indigesta!)
Merece um tijolo na testa
Essa mulher não namora
Também não deixa mais ninguém namorar
É um bom center-half pra marcar
Pois não deixa a linha chutar
E quando se manifesta
O que merece é entrar no açoite
Ela é mais indigesta do que prato
De salada de pepino à meia-noite
Essa mulher é ladina
Toma dinheiro, é até chantagista
Arrancou-me três dentes de platina
E foi logo vender no dentista

Merda pouca!!!

Merda pouca é prisão de ventre.
Que venham as diarréias logo de uma vez.
A porra do meu computador resolveu que hoje não iria trabalhar.
O velhaco não rodava com o Ruindows.
O pinguinzinho até que enxergava tudo e tal e consegui até escutar as minhas musas preferidas de hoje em dia: Lu Horta, Adriana Deffenti, Titane, ah! a Titane!!!, Paula Santoro, Alda Rezende e a lusitana Teresa Salgueiro. Esse foi o som que rolou por aqui enquanto tentava entender o que acontecia com a porra do Ruindows que não rodava de jeito nenhum.
O trampo foi acumulando e lá pelas tantas consegui rodar o tal do checkdisk.
Aí o som sumiu, e fiquei aqui, feito besta, esperando a josta terminar.
Cinco da tarde tudo clareou. Como se nada tivesse acontecido, tudo voltou ao normal.
Menos eu, que fiquei azedo com a demora e com o trampo acumulado.
Desisti da cerveja!
Perdona-me, pero mi TPM volvio!


Insana Terça

A caixa de correio continua irremediavelmente vazia nessa manhã de terça.
Insana terça!
A caixa postal do emeio repleta de mensagens que recomendam viagra
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correntes pps que desejam minha sorte
desde que eu envie a mensagem boazinha
para grupos de 10, 100, 1000 outros otários que acreditam nisso.
Senão...
as correntes desejam minha morte
bastante horrenda
passando por sofrimentos diversos por duvidar da capacidade dos deuses.
Fora isso,
Vazia!
Nem sei o que eu queria encontrar.
Ou sei
e nem quero contar.
Precisava de alguma esperança
Algo novo
que pudesse agitar meu dia meu mês minha vida.
Nada!
Acho que isso faz parte de algum ciclo.
Alguma tormenta.
Afinal, é época delas, das tormentas.
Deveria dar a elas, às tormentas, nomes de mulheres
como fazem com as tropicais tormentas na terra do patrão.
Estaria do meio pro fim do alfabeto, creio.
Espero que o tempo mude.
Hoje o sol está irritantemente brilhante.
Os olhos doem, a pele arde.
Vou esperar pela tarde, abrir uma cerveja
Sentar na varanda
Olhar as pessoas invejosas que passarão e me acharão
o rei da cocada preta, de chinelos de dedos,
passando o tempo sem porra nenhuma pra fazer
enquanto todos correm apressados (pra quê?).
Talvez passe uma ou outra mulher bonita que me distraia por algum tempo.
Distraia minha vista.
Traia minha mente.
Me deixe um pouco contente.

Vou esperar pela tarde!

zé - 15/09/09 - 8:08

14 de set. de 2009

Comentários

Recebi o seguinte palpite num post abaixo e resolvi dar a ele um pouco mais de ênfase colocando-o aqui, como um novo post (quem assina é Renata - o emeio dela taí no meio):

"A PEC da Música avançou. A Comissão Especial de Fonogramas e Videofonogramas Musicais da Câmara aprovou o relatório sobre a Proposta de Emenda à Constituição 98/07 – mais conhecida como PEC da Música – de autoria do deputado Otavio Leite.
A proposta elimina impostos sobre os CDs e DVDs produzidos no Brasil, que contenham obras de brasileiros ou interpretadas por brasileiros – o que poderá gerar uma redução de cerca 25% nos preços para o consumidor. A iniciativa beneficiará também as mídias digitais. “Hoje, ao baixar músicas pelo celular, o consumidor paga 35% de imposto. Um absurdo contra a cultura nacional”, diz Otavio.
De acordo com o parecer aprovado, as fábricas de CDs e de DVDs instaladas na Zona Franca de Manaus continuam com a exclusividade da isenção de impostos para fabricação multiplicada dos produtos.
Diversos artistas compareceram à reunião para apoiar a aprovação da proposta, entre eles os cantores, Gian & Giovani, César Menotti, Ivo Meireles, Jorge Vercillo, entre outros.
A PEC agora vai à votação no plenário da Câmara, onde serão necessários os votos de, no mínimo, 308 deputados.
A mobilização prossegue e ganha cada vez mais força com o crescente engajamento dos artistas, profissionais e amantes da música, em defesa da cultura nacional.
É aí que você pode ajudar muito!
Sendo o responsável por um site que aborda o tema, é importantíssimo que você divulgue e informe os leitores, a fim de pressionar os deputados a votar a favor da proposta.
Qualquer dúvida, estamos à sua disposição pelo email: renata@otavioleite.com.br
Aproveito para parabenizá-lo pelo seu blog!

Assista ao debate promovido pela MTV há uns dias atrás:
http://mtv.uol.com.br/debate/videos/mtv-debate-baixar-o-imposto-aumenta-venda-do-cd-clique-e-assista-na-%C3%ADntegra

O programa CQC também fala sobre a proposta aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=M_8FJEDdLD4

Acompanhe: http://twitter.com/pecdamusica e http://twitter.com/otavioleite
O que saiu na imprensa sobre a proposta:
http://www.otavioleite.com.br/pesquisa.asp?q=pec+da+musica

A íntegra da proposta:
http://www.otavioleite.com.br/conteudo.asp?proposta-de-emenda-a-constituicao-no-98-de-2007-pec-da-musica-2303"

Tolices

Hoje estou assim:
feito barata tonta
em plena segunda.
Parece que a bebedeira
não emplacou
a ressaca fica assim
vem não vem.
Olho a caixa postal e nada.
De novo nada de novo
nessa 25ª vez que olho.
Vou lá fora
olho a caixa do correio...
mas quem escreve cartas nos dias de hoje?
Quem me escreveria?
Fico assim e acho que assim será o dia todo.
Tolo. Tolices!
Como diz a artista que nem é assim tão
todo palhaço é no fundo um deprimido
um solitário deprimido.
Faz os outros rirem pra que não chorem
pra ele próprio não chorar de si.
Mas tem uma profunda pena de si mesmo.
Tolices!
Nem acho que tenho vocação pra tudo isso.
Só um pouco, talvez.

Vou olhar minha caixa postal de novo!

zé - 14/09/09 - 14:43


12 de set. de 2009

Estranho Amor

Tenho esse estranho hábito:
apaixonar-me à primeira vista
mesmo sem ter visto.
Nem sei quem é e pronto:
encanto!
Escuto um som, imagino um fato
e tudo que penso até a exaustão
é pura paixão.
Doente!
Pode ser que sim, pode ser.
Um dia desses qualquer
Quaisquer que sejam as estranhas impressões
que causo
Encontro alguém e caio
do cavalo
do muro
dos três palmos acima do chão que vivo
e onde me encontro agora.
Mas creio que nem vou me machucar por isso.
Espero que a cama seja a tua.
Espero que goste de mim, também.
Espero que sonhemos juntos
que ouçamos música
que falemos disso e daquilo
que nos olhemos nos olhos
e enquanto lágrimas escorrerem por nossos rostos
façamos amor enquanto houver amor entre nós.

zé - 12.09.2009 - 16:35


1 de set. de 2009

100 Anos

Não é pra qualquer um!
Chegar aos 100 com uma das maiores torcidas do Brasil!
Chegar aos 100 com a mais apaixonada torcida do mundo!
Ninguém compreende ao certo o que é isso.
Nem nós.
Não importa se as vitórias acontecem ou não.
Não importa se ocorrem derrotas.
Nada importa mais do que estar ao lado do que hoje
é o maior símbolo desse país.
A maior marca!
Quando olhamos para o passado vemos de tudo.
Seria o normal, olhar e ver de tudo.
Mas o que sempre vemos em exagero
e só aqui vemos isso
É a paixão que domina o coração de cada um de nós.
Cada um dos mais de 35 milhões de loucos.
O presente é ótimo como foi em outras ocasiões.
O projeto para o futuro parece ótimo.
Nunca vimos um futuro tão promissor.
Poderá não ser.
Não importa.
Mas nunca foi tão bom.
Mas o que importa é estar aqui e estar vivendo esse centésimo ano
da maior nação dentro da nação Brasil:
Corinthians!

28 de ago. de 2009

Pulítica!

Palocci acabou inocentado. Foram 21 ou 22 acusações sem provas. Coisa que a oposição de hoje em dia mais produz: acusações!
O País está quase paralisado por conta disso. Os rotos acusam os rasgados sabedores que o próprio passado os condena. Quando a coisa ameaça vir para seu lado, engavetam tudo, mas o objetivo já foi alcançado: paralísia. E assim vão, de denúncia em denúncia, sem a menor preocupação se existe um mínimo de verdade. O que não suportam: um operário no poder sendo melhor do que todos os doutores foram até agora.
Voltando a Palocci: tenho aqui comigo a suspeita de que vão se arrepender de tudo isso. Palocci retorna com muita força. Investigado e nenhuma prova contra ele. Limparam a ficha. Alimentaram o monstro.
E tenho a impressão de que isso vai acontecer com Zé Dirceu, também. Dois fortes candidatos a qualquer cargo público.
Mas isso são apenas impressões!

31 de jul. de 2009

Fragmentos

Passei um pano úmido
sobre a poeira da alma
revelar-me o que não queria
me fez perder a calma
Nem sei porque fiz isso
Porque quis reviver
Rever
Coisas passadas.

Procuro um pouco de pó
para recobrir o que não deveria
ter sido...

*****

Andar pela cidade e nem olhar para o rosto das pessoas
Pessoa?
Andar sem ver ninguém
sem saber se as ruas estão desertas
se é dia ou noite
se chove.
Até esgotar o fôlego
Até sangrar os pés
Até.

*****

Perdi os filhos para o mundo.
É assim que tem que ser.
A melhor educação que poderia dar a eles
O melhor que eu poderia fazer
o melhor que cada pai pode
É fazer com que os filhos passem pela gente
sem adquirir nossos traumas
nossas doenças
nossos defeitos.
O melhor que podemos fazer
é passar a eles o mínimo do que somos.
Assim eles serão melhores.



27 de jul. de 2009

Pirata Original - Variações sobre o mesmo tema...

Não me preocupo em ser original
em dizer o que nunca foi dito
em ser o verso único
que nunca foi rimado
Não quero ser original
Me contento em ser pirata.
Roubo idéias por aí
mexo aqui e ali e
afinal
tudo torna-se pirata original


13 de jul. de 2009

Universo

Somos todos lobos solitários
nessa selva internetiana
Escrevemos como loucos
e ninguém nos vê nem lê
Pra quem então escrevemos
Pra que estamos aqui?
Satisfazer o próprio ego
Mirar o próprio umbigo
Ser o centro da galáxia
Escrever o verso único
Universo


9 de jul. de 2009

Os tempos que o tempo dá!

Tenho sido recorrente em dizer aqui que preciso como nunca escrever.
Sem saber porque ou pra quê e muito menos pra quens, já que quase ninguém passa por aqui, sigo tendo essa necessidade de escrever.
Auto afirmação?
Sei lá.
Nem estou muito preocupado com isso, também.
Sigo.
Só que às vezes passo dias, semanas, meses, sem nem chegar perto daqui. E, confesso, só tenho escrito aqui.
E direto.
Assim, quando publico um post, significa que acabei de escrever. Senão de imediato, arredondo umas horas ou dias depois e publico.
Mas quase não burilo. Faço isso muito pouco. Na maioria das vezes que demoro algumas horas ou dias para publicar é porque não gostei de bate pronto do que escrevi. Cuido para que as dúvidas acerca do que quis dizer fiquem reduzidas ao mínimo. Mas também sei que de nada adianta. Porque a palavra é ampla, significados múltiplos e as pessoas tendem a entender de maneira um pouco diversa daquela que quis colocar no papel. Talvez por defeito meu. Talvez não.
Então, nunca é abandono. Nem descaso. É o tal do tempo!


A fôrma da forma!

Ainda vou aprender a fazer
versos mais quadrados
com ritmo swingado
fazer versos com métrica
melhorar na estética
Vou buscar de novo
que o verso se entenda com o som
Meu verso vai bater tambor
E pra que tudo fique bom
Vou seguir o cantor
e evitar rimar amor com dor
Mora?
Será um grande exercício
pra se ater a forma
colocar a palavra na forma
fazer caber
Será um grande sacrifício
pra quem se sente livre
e exercita a forma
sem sofrer
Mora?

20 de jun. de 2009

Poesias

Não meço as palavras
não as enquadro dentro da métrica dos versos
não escrevo versos
Não burilo as palavras
não fico pensando em cada uma como se fosse única
eu as escrevo
Mas não escrevo versos
Não penso, não meço
Não suo uma gota de suor
para que as palavras encontrem seu lugar exato
nas poesias poemas contos frases dilemas
escrevo sem pensar
mas não escrevo versos
Se uso da forma que remete à poesias
que me perdoem os poetas
não os queria ofender
nem copiar
nem desmerecer
escrevo porque preciso e nem sei porque isso
escrevo
mas não escrevo poesias


Al Jarreau

Na vitrola toca Al Jarreau
E eu nem sei quem é
Quem foi que indicou
Acho que foi o Zé
Sei lá, não sei quem foi
Misturo os sons
Sem dar nome aos bois
Acho uns ruins outros bons
Mas escuto tudo à minha volta
Tirando Travolta
Na mão carrego a minolta
e eu nem sei usá-la
fotografo gravo tudo que vejo
meu olhar teu desejo
Sem causar revolta
só querendo prová-la
é tudo que almejo!


O Nada

Não sei porque queremos
que tudo tenha começo.
Começo do mundo
Começo da vida
Começo do universo
Começo de Deus
Mas se acreditamos que o infinito existe
porque querer encontrar o começo?
Se não existe fim
não existe princípio
não existe meio
Se tudo sempre existiu
não existe quem criou
Não existe criador
nem existe criatura.
Só existe o nada!

?

De onde surgiu o universo?
O verso único?
Da cabeça de um poeta?
Da cabeça de Deus?
De onde surgiu Deus?
Da cabeça de um poeta?
De que canto do universo?



10 de jun. de 2009

O CERTO, O ERRADO

O que está certo?

O que está errado?

Na rua ninguém olha na cara

O cara escarra na rua e olha

No imenso out door

A mulher toda nua

Que vende seu corpo

Como se fosse perfeito

Um corpo fotoshopado

O cara não sabe

Mas a deseja de forma tão intensa

Que quando encontra uma pobre coitada

No mato  a coita açoita

a menina pobre

A menina rica

A mulher inalcançável

 

Nada está certo

No futebol negociatas

Se tornam seleções

Negócios escusos se fazem nas bahamas

Tudo regado a scotch

E a gente na brahma

Acha tudo bacana

E torce e briga e mata

Sofre por nada

Nada merece tudo isso

 

O coração em cacos

Nos achamos donos de tudo

Carros último tipo

Casas de alto luxo

Grana, vinhos, viagens, mulheres

Sexo, drogas (porque não?)

Se tudo podemos

Se nada é impossível

Se tudo é raro prazer

Se sabemos o que queremos

Tubarões

Devoramos o que se põe à nossa frente

Sem reflexões

Sem perdão

 

Nos encontramos em algum lugar

Sozinhos

Repletos de danos em nossa própria solidão

Vergonhas escondidas

Roubamos hoje o que o outro roubava ontem

E achávamos errado

A gente condena os erros alheios

E nos refastelamos nos nossos

Somos perfeitos

Idiotas

 a vagar e cagar nesse mundão de meu Deus.

A gente ainda pagará caro por tudo isso.

O que está certo?

O que está errado?



8 de jun. de 2009

Atos! Aposto-los!

Ato I

Pontos de vista são assim:
Você tem os teus
e eu com isso?
Nem cheiro nem fede
O que me acomete
Não é problema meu
Assim...

Ato II

Enquanto você dormia
eu sonhava
enquanto você sorria
eu chorava
enquanto você fazia
eu pensava
enquanto você comia
me drogava
Você se despia
eu me masturbava
Você fingia
e eu gozava
Enquanto você ia
eu voltava
enquanto você lia
eu cantava
Você não sei o que fazia...
Eu poetava

Eu mando tudo as favas!
 

7 de jun. de 2009

Epitáfios

Sempre fui fã de Sá Rodrix e Guarabyra.
Em determinado momento da minha vida, fui fã demais. Mas aí já era Sá e Guarabyra.
Agora, Rodrix já era!
Sem querer encontrar, acabei encontrando um texto atribuído ao Zé Rodrix num outro blog: De Tudo um Pouco (http://musicararafazcil.blogspot.com).
Achei uma porrada e acho que devo compartilhá-lo(a) com vocês. O texto, a porrada.
Aí vai:
"Data: Qua Jun 2, 2004 7:34 pm

Assunto: Re: [M-Música] . Re: [M-Música] . Re: Paul McCartney - (era:
Rock in Rio Lisboa...)

Felipe:
Em resposta a seu completissimo questionario passo-lhe às mãos minhas
especificações para passamento e eventual necrologio.
Há alguns anos, gostaria de ter a causa-mortis preferida de meu pai:
assassinado aos 98 anos de idade com um tiro dado por um marido ciumento que o
tivesse pego em pleno ato... mas hoje nao mais. Pode ser de fulminante ataque
cardiaco, dentro da minha biblioteca, perto o suficiente da familia e dos
amigos mas afastado o bastante para que, alertados pelos cachorros da casa,
ja me encontrem morto, com um sorriso nos labios.
Pode sepultar-me em pleno mar, sob a forma de cinzas, ja que nao poderei
ser sepultado in totum no jardim da minha casa. Se conseguirem isso, no
entanto, que nao cobrem entradas para visitação, à moda do irmão da princesa:
deixem que alem das pessoas os passarinhos e os animais da casa se refestelem
no lugar, renovando diariamente o eterno ciclo da Natureza.
Ao enterro devem, atraves de convite formal, comparecer todos que foram
aos meus lançåmentos de livro: nada mais parecido com um velorio do que isso.
Peço parcimonia nos efluvios emocionais: já as risadas devem ser francas e sem
limite. Creio inclusive que prepararei com antecedencia uma fita de piadas
gravadas para animar o velorio e manter o pessoal na boa. Como dizia o Bozo,
"sempre rir, sempre rir...."
La so deixarei a mim mesmo: mesmo os inimigos que comparecerem para ter
certeza de que estou realmente morto podem voltar para casa em paz. Nao
pretendo puxar a perna de ninguem à noite e nem assombra-los depois de morto.
Já os amigos podem contar comigo: havendo vida após a morte, volto para
avisar, da maneira mais pratica e menos assustadora que me for possivel. A
cremação deve ser feita depois que todos forem embora cuidar de seus proprios
afazeres: enfrentar as chamas do forno terrestre ja será um gardne introito
para a vida eterna.
Se conseguir, tentarei ser crooner da grande Orquestra de Jazz do
Inferno, vulgarmente chamada de SATANAZZ ALL-STARS: como ja vou chegar la
tenente ou capitão, dada a minha imensa taxa de maldades realizadas sobre a
Terra, creio que nao será dificil. Meu castigo certamente será cantar MPBdQ
por toda a eternidade, mas mesmo com isso ainda se pode encontrar algum
prazer, assim na terra como no inferno....é o que veremos a seguir.
No enterro podem tocar de tudo, menos as musicas que eu tenha feito. Mnha
morte servirá certamente para que se livrem nao apenas de mim mas tambem de
minhas obras. Os herdeiros tambem nao merecem ouvi-las, sabendo que nada
herdarão de minha lavra, porque, sendo eu adepto da politica do VAI TRABALHAR,
VAGABUNDO, como meu pai fez comigo, ja tomei providencias para que essas
musicas nao lhes rendam nem um tostão furado. Sendo um velorio moderno,
recomendo musicas de carnaval antigo, as indiscutiveis, claro, com algumas
discretas serpentinas e confetes jogadas sobre o caixão, fechado,
naturalmente.
Morrer num Sabado à tarde, ser enterrado num Domingo antes do almoço, e
estar completamente esquecido na manhã de Segunda, sem atrapalhar a vida
profissional de ninguem: eis a perfeição que desejo na minha morte.
Muito grato.
beijos
Z"

É isso.

Tiau-lho. Fui-me.

Cartas... emeios... escritos!

Não escrevo cartas.
Tampouco escrevo emeios.
Ninguém mais lê as cartas
e ninguém quer ler emeios.
As pessoas lhe perguntam como está
Mas não estão nem aí pras respostas.
Pelo contrário:
Não as querem ouvir.
Chato é aquele que responde como está.
Porque só responde quem precisa
De uma palavra de carinho
Um conforto
Um ombro pra chorar.
Aí, é chato. O chato.
Ninguém quer ser solidário.
Só se não der trabalho,
se não correr riscos.
Só se for nas horas de folga.
Só se for quando possível.
Só se for nunca.
Mas que fique registrado:
Se for possível, serei solidário
Com o amigo chato que quer contar como está mal
como precisa de ajuda
como quer ser ouvido.
Se possível, serei solidário
com os perdidos no mundo das drogas
com os viciados
com os alcoólicos narcóticos anônimos
comigo mesmo.
Se possível serei solidário
com as crianças que correm soltas pelas ruas
e que desde sempre aprendem a roubar
matar
matar e roubar
roubar e matar
Coisas que detesto
se acontecerem comigo.
Se for com os outros, não é problema meu.
Se possível serei solidário
com os famintos
com os paupérrimos
com os desempregados
com os loucos
com os muitos que não têm o pouco que tenho.
Desde que
não invadam  minha privacidade.
Minha vida
Minha cidade.
E que não tomem
em demasia
Meu tempo.
Minha asia volta e serei solidário
Afinal
Comigo mesmo.
É o que me importa!

Misturanças

Tempos atrás me meti num outro projeto "broguiano" voltado à música  (já que essa me move por caminhos estranhos e me faz acordar e viver e dormir pensando nela (não pensem que não pratico outras coisas - sexo, por exemplo - que hoje até isso se faz de maneira virtual), pois é, a música que me faz viver...).
É um blog - ao mesmo tempo que já era, já que não o atualizo mais - que, embora ainda existente, perdeu o sentido. A tal da música tem sido cada vez mais difundida na internet. Eu, particularmente, acho que esse é o caminho que muita gente boa tem pra se tornar um pouco conhecido. Único caminho, diga-se. E a internet tem sido alvo de ataques dos gananciosos de plantão que não entendem essa faceta divulgadora e vêem nela somente seu lado pirata. E por receio de ser confundido com pirata, embora concorde com eles e ache que é isso mesmo que tem que acontecer, fiz aquele blog com acesso restrito.
Assim, esse blog permitia o acesso de poucos amigos. Acabou tendo poucos acessos. Quase nenhum, na verdade. E, por absoluta falta de ibope, perdi o tesão de fazê-lo. Fazê-lo para quem? Precisava da audiência para que me sentisse motivado a continuar procurando sons a apresentar à moçada.
Não sei o motivo da pouca procura. Algumas pessoas se deliciaram com o conteúdo - foram palavras que usaram - mas, ao mesmo tempo não acessavam. Julguei, então, que estavam sendo educadas, já que não acessavam - e eu usava métodos de controle de acesso, daí podia saber se o blog era efetivamente acessado ou não.
Aí, pensei (fedeu!?): o Brogrado não tá nem aí para essa coisa de audiência. Acessa quem quer. Se acessarem e gostarem e quiserem comentar, eu agradeço e gosto muito. Mas se não deixarem comentários ou não acessarem, tá bom também.
Faço o Brogado por questões pessoais. Gosto de escrever, preciso disso como preciso da música. Ser visto, ouvido, comentado, isso é outra história. E não é necessidade.
Talvez algum psicólogo, psiquiatra, analista, ou outro porra qualquer desses queira fazer alguma análise ou já a tenha pré concebida em algum banco de faculdade. Entroxem-na nos seus devidos buracos.
Faço o Brogado porque gosto. Se outros poucos ou muitos gostarem, fico muito, muito, muito satisfeito. Mas se não houver essa manifestação, também me satisfaço. É como uma punheta - o sexo solitário. É bom pra caramba. Se for a dois, melhor...
Então, resolvi incluir no meio do Brogado esses meus achados musicais. Misturar o outro blog, o TPM -Tarados Por Música, com este blog. Na verdade, o Brogado já teve isso, com posts intitulados "Amantes da Música". Daí veio o projeto "TPM - Tarados Por Música". E agora voltamos a origem: o Brogado com posts que levarão o nome de "TPM...". Vamos ver o que vira...
E o que virá!

Tiau-lho!

24 de mai. de 2009

Cerveja com torresmo

Já não me lembro mais do mar
Nem me lembro do sol
Não me lembro do poente ou nascente
Nem sei ao certo se o lado que olho é o leste
Ou o sul
Perdi o norte!
Não uso bússolas
Não sei usar
Então nem me acho nem me perco

Sigo a esmo

Cerveja com torresmo
Por certo
não é recomendado
Pelo sabichão de plantão
Que entende de ciência
E que tem quadro no fantástico
Mas nem ouço o que ele diz

Já nem me importo com céu
Se está azul ou se a cor é repleta de chumbo
O mundo não vai durar mesmo
Nem o homem vai chegar a tempo
Até marte
O mar ficará repleto de pneus podres
De merda de ex carro
Então
Nem tiro sarro nem suspiro nem choro

Sigo a esmo
Cerveja com torresmo

btu, 24.05.09, 13:03

22 de mai. de 2009

Tiau

Eu nem estava aí
Para o que você dizia
E você nem percebia
Que eu nem estava aí
Eu te disse tiau
E você nem ouviu
E foi melhor assim
Afinal
Não foi assim tão mal
Apenas foi
E não vamos agora
Dar nome ao boi
Eu nem estava aí
Estava nem aí
Só queria sair fora
Olhar o mundo e ver
Quem sabe descobria
Uma bela bruna
Uma bruma que fosse
Coisa alguma
Me fazia prestar atenção
Eu disse tiau e ninguém ouviu
Eu não estava nem aí
Nem ninguém estava
E sempre foi assim
Só na multidão
Solidão repleta de companhias
Eu só disse tiau
Afinal
Não foi assim tão mal
Só foi
Fui.

btu, 22/05/09, 13:20

16 de mai. de 2009

FECHADO PRA BALANÇO!!!

Parece fechado pra balanço... mas não está!
Penso (logo, fede!) em algumas mudanças... em uma fusão com outro blog que acabou por ficar inativo - o TPM - e que quero muito reativar mas tenho enfrentado uma certa falta de tempo com uma mistura de falta de paciência...
Então, junto dois projetos num só, e aí facilitará minha vida e - quem sabe? - alegrará os poucos "ouvintes" e "ventes".
Pode demorar um pouco, mas acontecerá alguma coisa, por certo.

Abraços!

28 de mar. de 2009

Amigos Meus

Amigos meus
Juntei-os aos montes pela vida
E eu mesmo os perdi
Nem sei em que canto foi
Que canto meu que foi
Que os fez partir
Nem sei se foram os mesmos velhos papos
Que eu não tinha mais saco
pra ouvir
Se meus papos eram velhos
Que ninguém quis ouvir

Amigos meus
Eu os perdi aos montes
Alguns nem duraram horas
Que a dose de veneno e fel
Foi alta demais pra quem esperava
Pelo menos
Um pouco de mel

Chegar aqui
Olhar pra trás
Ver a casa vazia de amigos
Ver a vida vazia
Onde foi que me perdi?

Nem quis ficar mais tantas horas no mesmo bar
Me soterrar em garrafas vazias de cerveja
Escrever poesias incompreensíveis em pedaços de papéis
Guardanapos
Letras indecifráveis
Idéias maravilhosas
Que a ressaca revelava horríveis
Dores de cabeça
Papos cabeça
Que nem tive mais saco de escutar
(E falar e falar e falar)
Papos fálicos!

Falhei
Em algum ponto que
(confesso)
Não sei

Amigos meus
Perdi aos montes
Que amizade a gente rega todo dia
(E moderadamente)
Como dizia algum profeta
Das mesas de bar

Eu não tinha mais saco pra escutar!


btu, 27/03/2009, 21:30

13 de mar. de 2009

Diálogos curtos!

- Meu bem! Posso te fazer uma pergunta!?
- Claro! Faça!
- Promete que vai ser sincero!?
- Prometo! Eu sempre sou sincero!
- Mentira!
- ...
- Se um dia você me trair... você me conta?
- ????
- Promete que me conta!?
- ... se eu te traísse e te contasse... o que você faria!?
- Metia-lhe um tiro no meio da testa!!!
- Então... se te trair, não te conto!
- Mas se você me trair, não me contar e eu descobrir, te dou um tiro no meio da testa do mesmo jeito!
- ...
- Nunca vou aceitar que você me traia!
- Escute! Se eu te fizer uma pergunta, promete que vai me responder com sinceridade!?
- Claro, fofo!
- Você tem uma arma?
- Não!!!
- Então acho melhor a gente terminar por aqui!!!

btu, 13/03/09, 22:12

27 de fev. de 2009

Uma Bala Para John

Assim que o sol se foi
A noite que veio prometia ser boa
Saí para a rua
aquela velha camiseta de algodão
chinelos e um jeito desleixado
arrastando os pés pelo chão
deixando a preguiça me empurrar

Olhei as pessoas apressadas
ou
como eu
sem pressa de nada

As meninas passavam sorrindo
e rindo ainda não se deram conta
do futuro
que futuro nos espera?

Não sabem
como eu
que aquela bala pra John
nos acertou a todos

Não sabem
como doeu
descobrir que o sonho
os beatles
que até George
tudo acabou

Uma bala para John
foi o que nos acordou
O futuro não é bom
quase nada nos resta
a velha camiseta de algodão
o chinelo desleixado
e a preguiça que me arrasta pelo chão


oncotava?, 18/11/06
Queria escrever poemas
com versos longos
quilométricos
Mas
mesmo sem querer
talvez porque fique preso
a formas
conceitos
dogmas
talvez por pura falta de
criatividade
inspiração
ou jeito
os poemas saem sempre
com versos curtos
esqueléticos!


oncotava?, 21/11/06
Em plena primavera
o ar de inverno que me assola
hoje
incomoda.
Talvez porque o céu nublado
esconde o cheiro das flores
o brilho
Talvez porque o bolso esteja
irremediavelmente
vazio.
Talvez mais por isso
do que por aquilo
o ar de inverno esteja
hoje
me deixando
incuravelmente
chato.


oncotava?, 21/11/06

24 de fev. de 2009

GULOSEIMAS

Doravante
Escreverei apenas poesias comestíveis
Guloseimas doces de frutas da época
Dessas que serão vendidas nas pequenas vendas
Nas mercearias de esquina
Em potes baleiros.
As crianças farão filas.
Seo João, quero poesias de hortelã
Eu quero de melancia!
Tem de menta?
Limão?
Amora!
Muito embora nem sempre as poesias terão rimas.
Sem cismas, paradigmas, sofismas.
Rimas ricas
Ou não
Serão versos perdidos,
Doces sortidos.
Esses serão os preferidos: os doces misturados!
Gomas sabores de frutas colhidas no pé
Recolhidas do chão.
Colhidas à mão
Ou abatidas a pedradas.
Saladas de frutas.
Não importa,
serão poesias feitas com frutas da ocasião.
Nada industrial,
Nenhuma conserva em compota
Frutas de pés nascidos ao acaso.
nada plantado
nada irrigado,
cientificamente controlado
em algum deserto.
Por certo serão poesias de frutas que
Sem ninguém cuidar da semente
Aparecem no quintal
De repente
Ninguém sabe quem trouxe
Quem plantou
Quando foi
Já estava ali quando o primeiro chegou.
Ninguém sabe se foi Deus,
Se foi o vento
Ou se a semente foi comida
(E cagada)
Por algum pássaro.
Passado!
Sidra, caju, ingá
Carambola, jaca
Manga, pitanga, cajá...
Frutas no pé
Quintais sem cerca.
Poesias sem rima
Mas feitas com carinho
em tachos de cobre
Em fogão de lenha
Desses que se lambe o tacho
Para que nada se perca
Nada sobre.
Poesia que demora pra ficar pronta
Que exala um cheiro doce e forte
Que cheira infância
Que cheira a casa da vó
Água enchendo a boca da gente...
Que sorte!
Poesias guloseimas.

Mas também escreverei poesias para os adultos
Também serão poesias comestíveis
Mas serão quase que
Essencialmente
Poesias de chocolate
(Já que as mulheres preferem o chocolate ao sexo
e
De certa forma
Tem nexo)
Serão poesias preferidas
Não por serem disso ou daquilo
Mas porque serão recheadas de licores
Dos mais diversos sabores
Realçarão os mais escondidos amores
Farão brilhar ainda mais as cores
Terão advertência do Ministério da Saúde:
Comam, mas com moderação!
E como se fossem afrodisíacas
Serão vendidas em sex shop
Em shoppings, farmácias, feiras
Oferecidas nos motéis
(pra aumentar o ibope)
E recomendadas aos casais que queiram esquentar a relação
Serão poesias para serem ditas e comidas a dois
Derretidas esparramadas sobre corpos quentes e sedentos
Lambidas
Sugadas
cada gota
Cada canto
Como orvalho
Cometas
Cada verso
Sem rimas
Repletos.
Poesias guloseimas,
Poesias
chocolate!




Não me esquecerei de você
Quando comê-la
A poesia chocolate
Você
Licores de cereja
Fogo
Paixão
Poesias!



btu, 24/02/09, 14:45

22 de fev. de 2009

Não se assuste
Se um dia eu aparecer
Com cara de punk
Ex punk
Só depois de ser
Deixe os cabelos caírem
Não os arranque
Nem se espante
Assim é a vida
Os cabelos os dentes
Outras partes
Mais dia menos dia
Caem
Não atire a primeira pedra
Sua vida já é uma pedreira
Por tantos pecados
Tenho minha cruz
Já repleta de pregos
Não me traga mais alguns
E quem nunca traiu
A própria consciência?
Paciência
Não quero mais dramas
Só queria a fama
Deitar na cama
Sair da lama
Então não reclama
Já estou farto com os meus
Próprios erros
Não me acrescente os teus
Não me espante
Se um dia eu aparecer...

btu, 22/02/09, +/- 19:00

O CIO

O brasil está no cio.

Agora à noite, as ruas cheiram sexo.

Todos te olham de cabo a rabo

(Algumas reparam no cabo, outros, no rabo)

E parece ser difícil andar pelaí e chegar

incólume

a algum outro lugar.

Alguns se vangloriam de ter beijado mais de 30 outros seres

Como se isso fosse algo digno

e bonito

de se contar e contar

(Sempre há ouvidos para qualquer porcaria que se diga)

Estamos repletos disso

Mas

Hoje

Só vale o cio do brasil.


btu, 22/02/09, 20:30

11 de fev. de 2009

Amanhã

Amanhã
Seres
Extra terrestres
Seres estranhos ao planeta
Chegarão à Terra

Chegarão como se nada de novo houvesse

Como se ninguém visse
Como se normal fosse

Virão em discos voadores
Enormes
Disfarçados de cometas
Virão teletransportados
Ou de qualquer forma que seja
Sem serem anunciados por coros
Ou trombetas
Virão de muitos planetas
E ninguém saberá
Se alguém os trouxe

Não anunciarão medidas
Nem algo que o valha
Chegarão como se fossem
Antigos habitantes do planeta
Como se fossem donos
Deuses ou proxenetas
Não se assustarão com nada
Pois nada do que o homem fez
Será para eles novo
Não trarão soluções
Divulgadas aos quatro cantos
Nem nenhum dinossauro no ovo

E


Como se nada tivessem feito

Irão embora no mesmo dia
Deixando todos repletos
De ânsia, desejos, agonia
(Os terráqueos,
Alguns desejarão ir embora
Outros a guerra)
Deixarão pra trás
Quase a mesma Terra.

Aos poucos todos irão percebendo:
Os rios estarão limpos,
No céu nenhuma fumaça
Não haverá mais lixo
sujeira
Comendo a todos como traça
Aos poucos irão notando
Que por mais que se faça
Não aparecerão políticos
Para dar o ar da graça
Não haverá mais armas
e nenhum exército
Não haverão mais templos
Nem nenhuma imprensa
Não deixarão discórdias
Nem tampouco deixarão ameaças
Irão embora deixando pra trás
O início de uma nova raça.


Amanhã, seres...


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009 19:52
revisto quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009 15:39

9 de fev. de 2009

Amanheceres

Nem sei quantas vezes vimos amanheceres
E nem vimos o sol
E nem vimos o vermelho no céu
E nem ouvimos os pássaros.

Nem sei quantas vezes estávamos embriagados
E mal nos olhávamos
E nos cheirávamos
E só nos amávamos.

Nem sei quantos amanheceres
Nem sei quantos sóis houveram nos céus
Nem sei quantos céus
Mal nos amávamos
Mal nos cheirávamos
Só nos olhávamos.

Nem sei quantos seres haviam ao nosso redor
Nem sei se o sol estava lá ou se ainda insistia
Em girar em torno de nós
Nada havia e havia nós!
Sós.
Sóis.
Seres.
Amanhã!
btu.09/02/09

Deu no Terra!


Maconha pode elevar risco de câncer de testículo

Seria porque, ao fumar maconha, dá uma vontade monstruosa de só coçar o saco!?!?!?