Tenho a noção exata:
Na minha vida sempre errei na medida.
Exagerei no açúcar,
Pesei a mão no sal,
Amei demais
E a dose do ódio
Não foi menor.
Foram sentimentos de toda ordem.
Dos melhores
Aos que devem ser evitados
A qualquer custo.
Todos eles praticados
Com dose exagerada.
Mão pesada.
Pra cada erro de medida,
Também hoje sei,
Sem nenhum dó
Nem dúvida sobre o peso,
Sei que sou eu quem paga o preço.
Não poderia ser de outra forma.
Se mágoas causei,
Lamento.
Criamos inimigos mesmo sem querer.
Mas eles,
Ao menos,
São mais sinceros do que muitos que se dizem amigos.
Sei,
No entanto,
Que embora não pareça,
Vivi intensamente cada momento
Sem que isso significasse
Aventuras arriscadas no meio do que resta da Mata Atlântica,
Numa praia deserta do Hawai,
Numa onda gigantesca no meio do Pacífico,
Um mergulho entre tubarões da Austrália,
Um bungee jump em plena Paulista.
Exagerei na dose sem fazer pose!
Um comentário:
Gostei desse poema, acho que me vi em algumas linhas...rs
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