O pai do padrasto não pode bater no filho porque é o cunhado da vida!
(Pepe-24/04/2013)
O pai do padrasto não pode bater no filho porque é o cunhado da vida!
(Pepe-24/04/2013)
Bom, hoje não é lá um dia normal mesmo...
Naquela caminhada matinal, do nada uma pequena pedra caiu na minha cabeça. Sei que era uma pequena pedra porque senti bater no meu cocoruto e vi que ela caiu na minha frente. Olhei pra cima e vi um pássaro que já ia longe e ninguém por perto que pudesse ter atirado a pedra. Achei estranho um pássaro a carregar pedras no bico, mas vá saber da sua dieta...
Decididamente, viver é um risco!
zénérso – 13.06.2013
Putz... falei de um monte de gente que foi importante ou marcante na minha vida, mas talvez não tenha deixado claro: essas foram as pessoas que sumiram. Que nunca mais vi. Algumas até sei onde estão e algumas estão por aqui. Mas pouco ou nada falo com elas e nunca mais as vi.
Sim, ainda tem um monte de gente, de amigos, que tropeço com eles aqui e ali, com quem ainda tomo uma breja na correria ou mais pausadamente, baseado em alguma desculpa tosca qualquer que arranjamos apenas para nos sentarmos à mesma mesa e tomarmos algumas tantas.
Ainda posso tomar algumas tantas com amigos.
Esses, com quem tropeço, troco alguma palavra, sei onde estão e eventualmente vejo... esses não os quis nominar e nem vou fazer. Não quero causar espantos a um ou outro por ter tantos problemas de memória. Então fica assim. Não cito nomes.
Mas o que acho engraçado é que, à medida que o tempo passa, dou significado diferente a palavra amigo.
Antes eram poucos porque eram os que a gente contava pra qualquer parada. E eles estavam lá, mesmo quando me atirava em meio a um imenso capinzal - capim gordura me refiro - prometendo suicídio trágico.
Depois ficaram mais raros porque a vida exigia cada vez mais de cada um e cada um ia se tornando distante e cada um com seu quilo e meio de toneladas de problemas que... vixe... nem seria possível exigir que ainda estivessem ali pra o que desse e viesse.
A vida foi ficando vazia de amigos.
Então me dei conta que também não era esse amigo de ninguém porque os mesmo motivos que os deixaram tão atônitos, me deixava insone.
Hoje acho que amigos são aqueles que ainda nos olham com carinho, que nos desejam sorte, que compartilham sua mesa, que nos visitam para um café e uma pipoca, que, na sua crença particular, ainda nos colocam em suas preces.
Que é o que tenho feito por todos.
Que sejam felizes.
Porque eu ainda quero ser e preciso de cada um pra isso.
Não há razão na felicidade solitária.
Não há felicidade na solidão.
zénérso - btu - 06/07/13 - 21:26
Acho engraçado isso da vida ir passando, e ir passando com a vida as pessoas que fizeram parte dela.
Onde anda Lúcia?
Lígia?
Que foram aqui os primeiros nomes que me vieram à cabeça quando dei conta que muita gente passou pela minha vida e sumiu como a minha vida quer sumir de mim.
Mas tem outras tantas pessoas... Laudelino, Mário Benedito, Fernando, Vinícius, Maurício... que até salvei de afogamento quando ainda praticamente crianças, sem pais e mães saberem, fomos nadar no Clube Náutico. Rio Pardo. Maurício teria morrido naquele dia se eu não estivesse por perto e já não tivesse meus braços compridos. Não sei se ele se lembra. Não sei dele.
Tem Ana, não aquela, outra, tem Néria que anda por aqui e que não vejo tem lá seus 30 anos. Tem Soneca que nunca mais vi e que nem lembro o nome dela. Tem Soraia das pernas mais lindas daquele 1º colegial. Tem Davi e Salete. Tem Armando Suruba. Tem Picapau que vivia correndo atrás da Nilza e que essa sei onde está. Tem Marineide que amou Nilson... que se foi antes do combinado. Tem Cecília que já está pela conta de 15 anos que sumiu do mapa. Tem Mariangela que sumiu há mais tempo. Tem Gil que se foi antes do combinado e deve estar jogando truco com Nilson.
E aí... puxando pela memória começa a aparecer um mundaréu de gente que sumiu - ou eu sumi, sei lá - que já nem sei mais quantas e se faz mesmo tanto sentido. Gente que teve uma quantidade enorme de carinho meu e que ainda tem.
Fosse a vida mais simples, fosse a vida tranquila, ainda estaria por perto de Tereza, Dininho, Dorinho e de sua irmã, Fátima, que foi meu primeiro imenso amor.
zénérso - btu - 06/07/13 - 20:35
Ana morreu do nada. Assim... era jovem, saudável, bonita. Uma belezura mesmo. Se dizia pronta para a morte ainda com seus 20 e poucos anos. Coisa insana, eu disse. Mas ela reafirmava, convicta!
Ana morreu. E eu não sei onde anda Ana.
Talvez tenha voltado. Talvez esteja por aí, vagando.
Ana era linda e eu, apesar de achar que ela era linda mesmo, respeitava meu amigo Paulo que amava Ana.
Não sei se Ana um dia me quis. Eu não.
Eu até quis que Paulo fosse feliz e que amasse mesmo Ana e que Ana amasse Paulo daquele mesmo jeito.
Até fiz força. Até falei bem demais do Paulo para Ana. Até disse coisas bonitas sobre ele, mesmo sabendo que eram mentiras. Acho que Ana também sabia.
Ana morreu sem nunca ter retribuído o amor de Paulo.
Ouvi falar depois que Ana... bom... Ana morreu e é melhor nem falar disso.
Paulo... não sei se Paulo conseguiu ser feliz. Espero que sim.
Todo mundo merece ser feliz.
zénérso - btu - 06/07/2013 - 20:21
Por absoluta falta do que dizer,
por ter vivido tão pouco
- depois de tanto tempo -
começarei a inventar histórias
a verdadear mentiras!
zénérso - btu - 06/07/13 - 18:18